Olá pessoal, tudo bem? Na última sexta-feira (8) às 17h, iniciou-se na UNILAB uma corrente de palestras denominado  “Seminário Café com Letras". O evento é uma iniciativa da Coordenação do Curso de Letras-Português e organizado pela Profa. Dra. Ana Cristina Cunha da Silva (coordenadora do curso), e conta com o apoio dos professores e dos alunos do curso. A proposta é congregar professores e estudantes em palestras produtivas sobre diversos temas atraentes que derivam ou que estejam diretamente relacionados com as áreas de linguística e literatura. Despertar o interesse dos alunos por pesquisas atuais na área de teoria linguística ou literária e até mesmo sobre a prática docente é outro objetivo pretendido, pois, a partir do contato com as palestras dos pesquisadores, os alunos poderão decidir se irão optar pela carreira de pesquisa além da carreira da docência. 

Calendário de palestras do Café com Letras:

• Dia 08/03/2013: Profª Drª Maria do Carmo Ferraz Tedesco – “Paulina Chiziane e a representação da sociedade moçambicana”
• Dia 15/03/2013: Profº Drº Ricardo Lopes Leite – “A leitura da canção: uma experiência de aplicação da semiótica para professores de Cabo Verde”.
• Dia 22/03/2013:  Prof. Dr. Júlio Araújo - "Letramentos digitais quadro a quadro".
• Dia 19/04/2013:  Prof. Dr. Nelson Barros da Costa - "Análise do discurso literomusical brasileiro".
• Dia 26/04/2013: Profª. Drª Aurea Zavam - "Contexto sócio-histórico e gênero do discurso: Implicações para procedimento analítico".
• Dia 03/05/2013: Profª. Drª Geórgia M. Feitosa e Paiva - "A polidez linguistica no falar de homens e mulheres".

café co letras - slideshow

Testemunho dos alunos inscritos nas palestras:

“O projeto tem temas atraentes não só para os estudantes de letras, mas para qualquer pessoa que goste de literatura como também fala da linguagem. Abrange áreas de comunicação o que faz dele muito interessante pro corpo discente da UNILAB. O primeiro encontro foi maravilhoso e acredito que os demais vão ser melhor ainda. Adorei a iniciativa da nossa coordenadora e os demais que estão envolvidos na elaboração do projeto. Estão todos de parabéns! Acredito que vou crescer muito profissionalmente, 'mentalmente'.” Deysiane Mendes - aluna do curso de Letras

“Estou gostando muito das palestras. foi ótimo. Especialmente, da primeira palestra – que falava da escritora moçambicana Pauline Chiziane - eu tenho um pouco de conhecimento de daquela escritora q nunca teve oportunidade de ouvir falar da sua obra e quais são seus temas. agora já sei a partir da palestra da professora Maria do Carmo Tedesco, gostaria q seja mais vezes. Muito obrigada pela chance de ter acesso às palestras.” Libania Fernandes – aluna do curso de Letras

 Breve postaremos mais fotos e o intinerário das próximas palestras.

14 de março - Dia Nacional da Poesia

Olá Letrandos e demais visitantes do nosso Blog, em comemoração ao dia nacional da poesia, dia 14 de março, queremos atrair vocês a se deliciar com um pouco da hisrória da poesia brasileira com o foco em Oswald de Andrade e um vídeo com a poesia do mesmo.

O angu poético de Oswald de Andrade

Luiz Henrique Gurgel

Exportar poesia. Poesia Pau-Brasil. No dia 18 de março de 1924, Oswald de Andrade, um dos mentores do modernismo brasileiro, lança no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, o Manifesto Pau-Brasil, ideário daquilo que o escritor entendia por poesia brasileira.

A poesia existe nos fatos, diz o manifesto. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. 

O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica.

Tal como aquela madeira, nosso primeiro produto de exportação e primeiro sinal de existência do Brasil para o mundo, Oswald propõe sinalizar o país com uma poesia renovadora, solta dos modelos poéticos importados do século 19, capaz de captar nossa originalidade nativa: a língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.

Ele embaralhava e confundia as noções de nacional e cosmopolita, primitivo e moderno, vanguarda e tradição: 

Temos a base dupla presente – a floresta e a escola. (...)
Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá” e de equações. (...)
Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a sábia preguiça solar.

Monteiro Lobato chamou isso de “processo de atrapalhação”. Para ele, Oswald fazia um “angu completo dos valores e regras universalmente aceitas”.
Oswald não exigia fórmulas estéticas para nossa poesia, só propunha uma poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. Não se trata de nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. É apenas ver com olhos livres.

O manifesto chacoalhou a literatura brasileira.

Para quem quiser ler a íntegra do Manifesto da Poesia Pau-Brasil  e do Manifesto Antropófago, também de Oswald de Andrade, acesse:

http://www.ufrgs.br/cdrom/oandrade/oandrade.pdf

Texto retirado do site do site http://escrevendo.cenpec.org.br/
Link do texto: http://escrevendo.cenpec.org.br/index.php?view=article&catid=23%3Acolecao&id=1152%3Ao-angu-poetico-de-oswald-de-andrade&option=com_content&Itemid=33

 

Poema de Oswald De Andrade - A Descoberta